quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Hoje penso a ressignificação PNL



Seria um “conceito” somente da neurolinguística?
Não, não é! www.leandromotta.psc.br
É fazer com que pessoas possam atribuir novo significado a acontecimentos através da mudança de sua visão de mundo.

O significado de todo acontecimento depende do filtro pelo qual o vemos. www.leandromotta.psc.br
Quando se muda o filtro, muda-se o significado do acontecimento, e a isso se chama ressignificar, ou seja, modificar o filtro pelo qual uma pessoa percebe os acontecimentos a fim de alterar o significado desse acontecimento. www.leandromotta.psc.br
Quando o significado se modifica, as respostas e comportamentos também se modificam.

Ressignifico, então, um escrito antigo (o original está por aí...)!

Para ressignificar é preciso primeiro silenciar!
Compreendo assim! www.leandromotta.psc.br

Como é bom “escutar” o silêncio...

Ele fala,
sofre,
demanda,
pulsiona,
deseja...
Como é bom...

Essa “escuta” desejante, nem sempre calada, é fundamental! www.leandromotta.psc.br
Pense-o – o silêncio – como se fosse uma JANELA aberta...
“Veremos” e “escutaremos” SEMPRE por esta JANELA...
amor,
dor,
saudade,
verdade,
passado (talvez ressignificado...) www.leandromotta.psc.br
presente,
futuro...

Mas A JANELA SEMPRE fala...
Escute-a...
Sinta-a...
Ame essa JANELA aberta à ressignificação!

(Marcos Castro) www.leandromotta.psc.br

sábado, 14 de dezembro de 2013

A raça humana e a psicanálise

A raça humana está claramente num período muito desafiador. www.leandromotta.psc.br

Problemas como terrorismo e o aquecimento global mostram que estamos nos tornando, cada vez mais, desconectados de nós mesmos, dos outros e do mundo a nossa volta. www.leandromotta.psc.br

Nós entramos em estado de desconexão coletivo que isso ocasionou uma crise que está acordando as pessoas. As pessoas estão ficando cada vez mais maduras para a mudança e a transformação. www.leandromotta.psc.br

Um número cada vez maior de pessoas está se perguntando o que realmente importa na vida e reavaliando a direção da sua vida. www.leandromotta.psc.br

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Mentira e Traição - Psicanálise


Na clínica psicanalítica, não se diferenciam verdades absolutas, mentiras absolutas ou qualquer coisa que seja absoluta uma vez que o importante é a subjetividade e a experiência da maneira como ela se apresenta consciente e inconscientemente. Contudo, hoje quero falar de temas como mentira e traição. www.leandromotta.psc.br
Quando se mente, na minha opinião, deixamos aflorar bastante de nossa humanidade, afinal, mentir é coisa dos humanos, e poderíamos acreditar que ao mentir estamos reproduzindo aquilo que invariavelmente gostaríamos que fosse verdade. www.leandromotta.psc.br
Afinal, se eu digo: "Eu minto!" - Estarei falando a verdade??
Acho que devemos medir o nível de maldade da mentira, quando esta carrega na sua origem todo o nexo causal que pode gerar à outro! Isso é que deve ser visto: O quanto uma mentira pode ferir... o resto é perfumaria! www.leandromotta.psc.br
Acho que a ferida que é provocada, pode ser classificada como a ferida da traição!
Se tem ferida portanto, e se ela vem da mentira, ela pode ser classificada como maldade, e não mais como mentira ou traição. www.leandromotta.psc.br
E assim caminha a humanidade... ferindo e sendo ferido...
Fraterno abraço
André Lacerda - Psicanalista

Dezembro e a reflexão da Psicanálise

Dezembro! www.leandromotta.psc.br

Quero falar dos braços que deveriam estar erguidos no grito de gol, mas que se erguem para calar e matar ... www.leandromotta.psc.br
Quero falar dos dezembros em que tudo parece brilhar e ascender ao entardecer, como se uma mágica habitasse o ar...
Quero falar de velhos simpáticos vestidos de vermelho que multiplicam-se pelas esquinas com sorrisos generosos...
Quero falar dos meninos e meninas que desembestam nessa época, justamente esperando aqueles velhinhos... www.leandromotta.psc.br
Quero falar do verão que se avizinha e que prenuncia cio...
Quero falar de pais e mães que se angustiam pensando se pagam as contas ou se bancam os velhinhos simpáticos vestidos de vermelho... www.leandromotta.psc.br
Quero falar do cheiro das árvores que sempre nessa época parece ser melhor...
Quero falar daqueles que não creem, e no entanto se contagiam com as luzes da época...
Quero falar dos crentes que mesmo nessa época não são simpáticos...
Quero falar de mim... que há muito não creio... mas como na música do Chico... peço à deus por minha gente... www.leandromotta.psc.br
Fraterno abraço
André Lacerda - Psicanalista

A Origem de Afrodite, Eros e Psique!


As origens das duas deusas, Afrodite e Psique , são muito interessantes. Quando os genitais de Urano foram cortados por Crono, caíram no mar e o fertilizaram, dando nascimento a Afrodite ou Vênus. Faltando outro lado, Psiqué nascera quando uma gota de orvalho caíra do céu sobre a terra. A primeira é filha do conflito e da discórdia, mãe da inveja. Psique é fruto do céu, em si reúne desejo e vontade, através dela vê-se o ideal faltando por trás do real.www.leandromotta.psc.br

Em “O Banquete”, Platão, o tema é o amor. Para Aristófanes, o amor nasceu quando Zeus castigou os andróginos, cortando-os em dois: desde então, cada parte cortada procura a outra metade perdida. Mas Sócrates narra uma outra versão : o Amor é o filho da pobre e ignorante Pobreza e do rico e sábio Recurso. Como a mãe, está sempre mendigando e procurando, mas como o pai busca o que é belo e sábio. Entre esses dois extremos, o Amor ama a beleza da sabedoria sem ser sábio: ele é filósofo!...www.leandromotta.psc.br

Sobre cada mito pode-se falar à vontade sem no entanto esgotar seu significado e sentido. Aqui não se tentou esgotar nada, este texto constitui apenas em aperitivo para aqueles que sem medo queiram mergulhar nas profundezas do seu inconsciente e descobrir-lhe as potencialidades e possibilidades sempre a atualizar na construção da consciência. Daqui podemos entender melhor os opostos Eros e Tânatos, amor e morte, pois a paixão não canalizada para o amor pode tornar-se em rancores, rejeição, ódio, isto é; em guerra. Entender a estrutura do amor e as nuanças da paixão é questão de sobrevivência do Ser de cada um de nós.www.leandromotta.psc.br

Assim, encerramos a série Eros e Psique!
Próxima semana, vamos falar do mito de Narcíso!

Fraterno abraço
André Lacerda - Psicanalista
14

Conhecendo os Mitos - NARCISO


Neste texto, me valho dos ensinamentos dos professores Sérgio Lasta e Eustásio de Oliveira Ferraz, a quem agradeço pela bela contribuição. www.leandromotta.psc.br

Narciso era um belo rapaz indiferente ao amor, filho do deus do rio Céfiso e da ninfa Liríope. Por ocasião de seu nascimento os pais perguntaram ao adivinho Tirésias qual seria o destino do menino, pois ficaram muito assustados com a sua beleza rara e jamais vista. A resposta foi que ele teria vida longa se não visse a própria face. Muitas moças e ninfas apaixonaram-se por Narciso quando ele chegou à fase adulta, mas o belo jovem não se interessou por nenhuma delas. A ninfa Eco, uma das apaixonadas, não se conformando com a indiferença de Narciso, afastou-se amargurada para um lugar deserto onde definhou até a morte e restaram somente seus gemidos. As moças desprezadas pediram aos deuses que a vingasse. Nêmesis apiedou-se delas e induziu Narciso, depois de uma caçada num dia muito quente, a se debruçar na fonte de Téspias para beber água. Nessa posição ele viu seu rosto refletido na água e se apaixonou pela própria imagem. Descuidando-se de tudo o mais, ele permaneceu imóvel na contemplação ininterrupta de sua face refletida e assim morreu. No local de sua morte apareceu uma flor que recebeu seu nome, dotada também de uma beleza singular, porém narcótica e estéril.www.leandromotta.psc.br

Narciso é um personagem enigmático e fascinante que traz em si um grande dilema: ver-se ou viver; ver-se e não viver ou não se ver e viver. Não podia conhecer-se, caso contrário não veria a velhice ou a vida eterna, como previra o oráculo. Por isso, era admirado por si mesmo, imobilizado e aprisionado em seu próprio mundo. Não podia se ver para continuar vivendo. Amava e não podia amar, amado, não podia deixar-se amar. Era solitário vagando pela floresta.

O belo Narciso é independente, porém vive na solidão; evita qualquer aproximação, não respeita a sociabilidade. É imerso em si, anula a alteridade (o outro). Tem tudo, basta-se a si mesmo. É prisioneiro de sua própria aparência que lhe é irresistível e isso o faz sofrer. Sofre porque não consegue ter aquela imagem para si. Está tão próximo e ao mesmo tempo tão distante. Representa o eterno dilema da auto-sedução que não se realiza. Tem e ao mesmo tempo não a tem, porque essa é intocável, pode ser somente contemplada. É um amor platônico por si mesmo. Tocar a fonte de Téspias seria deformar aquela imagem tão bela e perfeita.www.leandromotta.psc.br

Seu desejo é devorar-se a si mesmo. Tem a beleza desejada, idealizada, que todos querem possuir. Às vezes isso provoca a ruína, o que significa ver somente o ideal de si, um rosto bonito e não uma pessoa em sua inteireza. É uma imagem com muitos rostos onde o próprio EU não entra e esses rostos se confundem. Há o desejo de se tornar sedutor(a), de despertar desejos. E o sedutor(a) adquire uma imagem que não é sua, tem outra identidade, pois seu ego é frágil, nada sedutor.

Ao contemplar-se nas águas da fonte, sua unidade rompe-se: o que era um parte-se em dois. É arrastado para fora de si. O que Narciso viu? O ideal de si e lutou para não perder essa imagem. Sua posição reclinada para baixo não permite ver a vastidão do horizonte, deixa-o envolto em si mesmo. Por isso a visão que tem do mundo é ínfima. Mas a imagem ideal refletida é inalcançável, isso o leva à morte como punição por não conseguir trazer para si a imagem desejada.

Esse mito, ou lenda simboliza a imobilidade, a solidão e a infelicidade, porque Narciso não conseguiu vencer a sedução da própria imagem. Se isso acontecesse, teria que assumir responsabilidades sociais, enfrentar desafios, a realidade, as desilusões. Não há risco zero na vida. Exemplos? Basta prestar atenção na vida dos animais. Se ficar na toca certamente morrerá de fome e sede. É preciso enfrentar a realidade, mesmo sob o perigo de perder a vida. É também a busca da eterna beleza. Morrendo jovem e belo, seria lembrado assim, com sua juventude perpetuada. É a busca do aplauso, do reconhecimento. Esse ideal do belo provoca desejos irrealizados, prazer em seduzir e despertar desejos. Porém não permite que sejam satisfeitos. Isso leva à melancolia, o mundo perde o valor, a consciência aflige-se com fragilidade.www.leandromotta.psc.br

O grande engano de Narciso foi errar na escolha de amor. Ao invés de dirigi-lo a outro, volta-se para si mesmo e comete um incesto intrapsíquico. Toda sua energia não se liga ao mundo externo e isso é patológico. O que ele ama é a sua sombra, o próprio reflexo, por isso não abandonou as águas da fonte. Somente ali essa ação é possível. Seu desejo era manter-se eterno, perpetuar aquela imagem que o seduziu e a sedução pelo eterno levou-o à morte.www.leandromotta.psc.br

A fonte é o espelho que atrai e arruína. A imagem refletida não é o que aparenta. Mostra o que é e o que não é. Estimula na alma o desejo por uma imagem inatingível. Narciso achou que era a própria imagem, não se individualizou, não separou realidade e fantasia.

Esse personagem também pode ser visto por outro ângulo, pois até aqui parece ser doentio. Todos têm um Narciso em si e isso leva a que cada um procure cuidar do próprio corpo; arrumar-se, enfeitar-se para agradar a si e aos outros demais. Isso não significa que esteja voltando sua capacidade de amar e ser amado só para si mesmo, mas tem a finalidade de encontrar alguém, ir em busca do outro e do mundo.www.leandromotta.psc.br

Logicamente o mito presta-se para muitas outras interpretações. Porém Narciso perambula pela sociedade e está na personalidade de todos.

O mito de Narciso nos mostra que vivemos na superficialidade, nas aparências. Somos seres sem profundidade.www.leandromotta.psc.br

O mito de Narciso sempre quer falar algo do ser humano. De uma forma ou de outra sempre trazemos um Narciso dentro de nós. Narciso diz que cada ser humano tem que descobrir que ele é, e qual o caminho que o conduz à felicidade.

Fraterno Abraço
André Lacerda - Psicanalista
Foto: Conhecendo os Mitos - NARCISO

Neste texto, me valho dos ensinamentos dos professores Sérgio Lasta e Eustásio de Oliveira Ferraz, a quem agradeço pela bela contribuição.
Narciso era um belo rapaz indiferente ao amor, filho do deus do rio Céfiso e da ninfa Liríope. Por ocasião de seu nascimento os pais perguntaram ao adivinho Tirésias qual seria o destino do menino, pois ficaram muito assustados com a sua beleza rara e jamais vista. A resposta foi que ele teria vida longa se não visse a própria face. Muitas moças e ninfas apaixonaram-se por Narciso quando ele chegou à fase adulta, mas o belo jovem não se interessou por nenhuma delas. A ninfa Eco, uma das apaixonadas, não se conformando com a indiferença de Narciso, afastou-se amargurada para um lugar deserto onde definhou até a morte e restaram somente seus gemidos. As moças desprezadas pediram aos deuses que a vingasse. Nêmesis apiedou-se delas e induziu Narciso, depois de uma caçada num dia muito quente, a se debruçar na fonte de Téspias para beber água. Nessa posição ele viu seu rosto refletido na água e se apaixonou pela própria imagem. Descuidando-se de tudo o mais, ele permaneceu imóvel na contemplação ininterrupta de sua face refletida e assim morreu. No local de sua morte apareceu uma flor que recebeu seu nome, dotada também de uma beleza singular, porém narcótica e estéril.
   Narciso é um personagem enigmático e fascinante que traz em si um grande dilema: ver-se ou viver; ver-se e não viver ou não se ver e viver. Não podia conhecer-se, caso contrário não veria a velhice ou a vida eterna, como previra o oráculo. Por isso, era admirado por si mesmo, imobilizado e aprisionado em seu próprio mundo. Não podia se ver para continuar vivendo. Amava e não podia amar, amado, não podia deixar-se amar. Era solitário vagando pela floresta.

         O belo Narciso é independente, porém vive na solidão; evita qualquer aproximação, não respeita a sociabilidade. É imerso em si, anula a alteridade (o outro). Tem tudo, basta-se a si mesmo. É prisioneiro de sua própria aparência que lhe é irresistível e isso o faz sofrer. Sofre porque não consegue ter aquela imagem para si. Está tão próximo e ao mesmo tempo tão distante. Representa o eterno dilema da auto-sedução que não se realiza. Tem e ao mesmo tempo não a tem, porque essa é intocável, pode ser somente contemplada. É um amor platônico por si mesmo. Tocar a fonte de Téspias seria deformar aquela imagem tão bela e perfeita.

         Seu desejo é devorar-se a si mesmo. Tem a beleza desejada, idealizada, que todos querem possuir. Às vezes isso provoca a ruína, o que significa ver somente o ideal de si, um rosto bonito e não uma pessoa em sua inteireza. É uma imagem com muitos rostos onde o próprio EU não entra e esses rostos se confundem. Há o desejo de se tornar sedutor(a), de despertar desejos. E o sedutor(a) adquire uma imagem que não é sua, tem outra identidade, pois seu ego é frágil, nada sedutor.

         Ao contemplar-se nas águas da fonte, sua unidade rompe-se: o que era um parte-se em dois. É arrastado para fora de si. O que Narciso viu? O ideal de si e lutou para não perder essa imagem. Sua posição reclinada para baixo não permite ver a vastidão do horizonte, deixa-o envolto em si mesmo. Por isso a visão que tem do mundo é ínfima. Mas a imagem ideal refletida é inalcançável, isso o leva à morte como punição por não conseguir trazer para si a imagem desejada.

         Esse mito, ou lenda simboliza a imobilidade, a solidão e a infelicidade, porque Narciso não conseguiu vencer a sedução da própria imagem. Se isso acontecesse, teria que assumir responsabilidades sociais, enfrentar desafios, a realidade, as desilusões. Não há risco zero na vida. Exemplos? Basta prestar atenção na vida dos animais. Se ficar na toca certamente morrerá de fome e sede. É preciso enfrentar a realidade, mesmo sob o perigo de perder a vida. É também a busca da eterna beleza. Morrendo jovem e belo, seria lembrado assim, com sua juventude perpetuada. É a busca do aplauso, do reconhecimento. Esse ideal do belo provoca desejos irrealizados, prazer em seduzir e despertar desejos. Porém não permite que sejam satisfeitos. Isso leva à melancolia, o mundo perde o valor, a consciência aflige-se com fragilidade.

         O grande engano de Narciso foi errar na escolha de amor. Ao invés de dirigi-lo a outro, volta-se para si mesmo e comete um incesto intrapsíquico. Toda sua energia não se liga ao mundo externo e isso é patológico. O que ele ama é a sua sombra, o próprio reflexo, por isso não abandonou as águas da fonte. Somente ali essa ação é possível. Seu desejo era manter-se eterno, perpetuar aquela imagem que o seduziu e a sedução pelo eterno levou-o à morte.

         A fonte é o espelho que atrai e arruína. A imagem refletida não é o que aparenta. Mostra o que é e o que não é. Estimula na alma o desejo por uma imagem inatingível. Narciso achou que era a própria imagem, não se individualizou, não separou realidade e fantasia.

         Esse personagem também pode ser visto por outro ângulo, pois até aqui parece ser doentio. Todos têm um Narciso em si e isso leva a que cada um procure cuidar do próprio corpo; arrumar-se, enfeitar-se para agradar a si e aos outros demais. Isso não significa que esteja voltando sua capacidade de amar e ser amado só para si mesmo, mas tem a finalidade de encontrar alguém, ir em busca do outro e do mundo.

         Logicamente o mito presta-se para muitas outras interpretações. Porém Narciso perambula pela sociedade e está na personalidade de todos.

         O mito de Narciso nos mostra que vivemos na superficialidade, nas aparências. Somos seres sem profundidade.

         O mito de Narciso sempre quer falar algo do ser humano. De uma forma ou de outra sempre trazemos um Narciso dentro de nós. Narciso diz que cada ser humano tem que descobrir que ele é, e qual o caminho que o conduz à felicidade.

Fraterno Abraço
André Lacerda -  Psicanalista

Lacan

Toda palavra tem sempre um mais além, sustenta muitas funções, envolve muitos sentidos. Atrás do que diz um discurso, há o que ele quer dizer e, atrás do que quer dizer, há ainda um outro querer dizer, e nada será nunca esgotado.www.leandromotta.psc.br

(Lacan)

Sempre Contardo!

Sempre Contardo!

Se algum dia eu tivesse que apontar os responsáveis ou "culpados" pelo fato de eu ser quem sou, certamente o Psicanalista Contardo Calligaris encabeçaria um rol de uma meia dúzia de três ou quatro...(risos)www.leandromotta.psc.br
Pois eis que o Contardo está hoje na minha cidade e por convergências pessoais e profissionais não estarei lá para pedir a bênção do mestre e prestigiar o lançamento de seu livro Todos os Reis Estão Nus que aliás, recomendo.www.leandromotta.psc.br
Leio que Contardo, depois de lançar o livro vai estar na minha amada Associação Psicanalítica de Porto Alegre, onde vai conversar sobre "As Psicoses 20 anos depois. O que sobra? O que mudou?", comentando a reedição do seu livro Introdução a uma Clínica Diferencial das Psicoses.
O mestre e amigo, concedeu entrevista à jornalista Luiza Piffero do jornal Zero Hora e literalmente "babei" ao ler hoje cedo. Na publicação de hoje, transcrevo um trecho da entrevista que achei muito interessante...;www.leandromotta.psc.br

ZH: Você comenta sobre a importância de encontrar os pressupostos que moldam nossas experiências e opiniões. Como você chega a esses pressupostos?
Calligaris: Sou psicanalista e clínico há 39 anos, meio que mundo afora. Não tenho muito como evitar que a psicanálise constitua meu ponto de vista privilegiado sobre o mundo. Isso não quer dizer que ela seja, para mim, ou para quem quer que seja, uma visão do mundo. Tampouco ela é um método para mim; eu diria que é uma maneira quase involuntária de ser, nesta altura. Uma parte relevante da escuta psicanalítica consiste em apontar os conflitos atrás das certezas, até porque as certezas, em geral, são soluções falsas e muito caras. Um exemplo? A grandíssima maioria das certezas morais são apenas tentativas de reprimir em nós a vontade de cometer os "pecados" dos quais acusamos os outros. Nunca encontrei um homofóbico que não estivesse sobretudo lutando contra sua própria homossexualidade.www.leandromotta.psc.br

ZH: Você pode citar alguns pressupostos que estão por trás da proposta da "cura gay"?
Calligaris: Sei que vai parecer curto e grosso, mas a verdade, às vezes, é curta e grossa. O único pressuposto atrás da proposta da "cura gay" é o desespero de seus proponentes, no esforço para reprimir sua homossexualidade inconsciente.www.leandromotta.psc.br

Com essa, desejo a todos uma ótima sexta feira 13 de dezembro de nossas esperanças....
Fraterno abraço
André Lacerda - Psicanalista