Sentir aquele frio na barriga ao ouvir o motorzinho do
dentista pode ficar apenas nas lembranças do passado. Técnicas usadas em
consultórios odontológicos prometem mais conforto para quem fica nervoso só de
pensar em agulhas, sangue e no tal barulhinho incômodo. De acordo com a
experiência do profissional e o paciente, as técnicas podem variar desde uma
simples conversa até hipnose. www.leandromotta.psc.br
A ortodontista Fernanda Palma diz que a maioria dos que têm
medo passou por experiência negativa ou ouviu falar de alguém que sofreu na
cadeira do dentista. Em muitos desses casos, uma boa conversa alivia a tensão.
"Você explica o que vai fazer e o paciente ganha confiança. Muitos falam
que achavam que o tratamento seria muito pior." Em outros, em que a
conversa não é suficiente, profissionais recorrem a técnicas como a máscara com
óxido nitroso, conhecido como gás do riso.
Segundo o dentista Marcelo Kignel, da Clínica Kignel, a
técnica - usada pela primeira vez em 1844, durante uma extração - pode ser
aplicada em qualquer procedimento e por 99% das pessoas. Só não é recomendada
para quem tem problemas respiratórios graves. "Em cinco minutos, o
paciente tem uma sensação de conforto. Sente tudo um pouco anestesiado, tem
vontade de relaxar e escuta a voz mais longe, mas fica consciente." Quem
passa pelo procedimento pode voltar imediatamente às atividades, pois o efeito
do gás, que é administrado por meio de um nariz de borracha, passa rapidamente.
Outra técnica usada na Clínica Kignel é a sedação com
anestésico intravenoso, por meio de soro. O procedimento é feito por médico
anestesista, em casos de várias extrações e implantes, por exemplo. "O
paciente cochila e às vezes acorda com frio ou com vontade de ir ao
banheiro", explica Kignel. Após o tratamento, basta acordar e ir para
casa. As restrições, segundo o dentista, são avaliadas pelo médico, que
conversa antes com o paciente, verifica se o procedimento é viável e se são
necessários exames. www.leandromotta.psc.br
Especiais
A hipnose também pode ajudar a encarar o motorzinho.
Especialista em cirurgia bucomaxilofacial e em pacientes com necessidades
especiais, o dentista Claudio Gargione aplica a técnica há mais de 20 anos.
Segundo ele, em um minuto, a pessoa chega ao estado hipnótico e fica o mais
alerta possível. "Programamos o cérebro para aquele tipo de atendimento
sem dor. Conseguimos controlar o sangramento e dispensamos anestesia."
Paciente de Gargione há mais de três anos, a professora de educação física
Mônica Bitti, de 32 anos, tem muito medo de anestesia. "Antes me sentia
mal quando ia ao dentista. Com a hipnose, não tenho mais medo." (fonte site da UOL)