sábado, 25 de outubro de 2014

Indução Rápida de Hipnose - Os três apertos de mão de Elman

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O falso aperto de mão é certamente uma das técnicas de indução instantânea mais impressionantes e eficazes. Provavelmente, você já viu alguém utilizando-a em algum programa de TV: o hipnotista agradece a participação do sujeito e estende a mão para cumprimenta-lo. No entanto, no momento em que o sujeito toca a mão do hipnotista, o hipnotista dá o comando “DURMA”, puxa o braço do sujeito com a mão direita, enquanto cobre os seus olhos com a mão esquerda.
Na versão original, Elman utilizava-se de três apertos de mão antes de induzir o transe. Veja um roteiro bastante fiel à maneira como Elman realizava essa indução.

 ROTEIRO
[Após estabelecer corretamente o rapport, dê as direções, enquanto olha fixamente para os olhos do sujeito]
            Durante todo o processo, olhe diretamente para os meus olhos. Enquanto você olha para meus olhos, vou apertar sua mão três vezes. Na primeira vez, seus olhos ficarão cansados, mas não os feche ainda. Na segunda vez, eles vão ficar ainda mais cansados, ainda mais cansados e vão querer se fechar. Deixe que isso aconteça, mas não os feche ainda. Na terceira vez, vou falar a palavra DURMA, você fechará seus olhos e os manterá dessa maneira, relaxando cada vez mais e mais, sentindo-se muito bem. Apenas deixe acontecer. Vamos começar.
            [mantenha o olhar fixado nos olhos do sujeito, aperte a sua mão e diga]
           
            Um... seus olhos estão cansados, muito cansados...
            [Solte a mão do sujeito, desvie o olhar por uns instantes. É importante desviar o olhar para depois retomá-lo. Ao desviar o olhar do sujeito, você o força a prestar ainda mais atenção no momento em que o olhar voltar a ser fixado.  Aguarde uns 2 segundos,  fixe novamente o olhar nos olhos do sujeito, aperte novamente sua mão e diga]
           
            Dois... Seus olhos estão ainda mais cansados... muito cansados... e começam a piscar...
            [no momento em que o sujeito piscar, acompanhe e conduza]
            Isso... vão piscando mais e mais... mais e mais...
            [Solte a mão do sujeito e desvie novamente o seu olhar. Aguarde uns 2 segundos, aperte novamente a mão do sujeito e diga, enquanto dá o aperto de mão]
           
            Três... olhe fixamente nos meus olhos...
            [no momento exato em que o sujeito estabelecer o contato com seus olhos, diga de forma imperativa]
            DURMA.
            [no momento em que for dizer a palavra “DURMA!”, puxe de maneira rápida o braço do sujeito em sua direção. O sujeito entrará em transe imediatamente. Seu corpo tombará na direção do seu peito. Ampare-o e faça o aprofundamento hipnótico necessário]
Considerações importantes
           
            Lembre-se de ficar atento às reações fisiológicas do sujeito. Se os olhos não tiverem qualquer indicador de abertura para o transe, não puxe o braço do sujeito no terceiro aperto de mão.  Quando percebo que o sujeito está resistente ao processo, continuo a rotina normalmente. No entanto, no terceiro aperto de mão, simplesmente peço ao sujeito que feche os olhos, relaxe e já encaixo alguma indução mais lenta, como as de relaxamento progressivo ou de confusão mental. A não ser que o sujeito seja um hipnotista, ele jamais perceberá que eu desisti de uma indução rápida e parti para uma indução mais lenta. http://www.hipnose-psicanalise.com.br/cursos/86-curso-de-hipnose-clinica

            Na rua, já aconteceu até mesmo de o sujeito dar todos os sinais de que entraria em transe, mas não entrar imediatamente. Após puxar o braço do sujeito, eu percebi que ele tinha apenas fechado os olhos por conformidade, mas sem entrar em transe. Sem problema: dei continuidade usando uma rotina de confusão mental. O sujeito teve a impressão de que a rotina era daquele jeito mesmo e acabou entrando em transe depois. Ao trabalhar com induções rápidas é importante lembrar-se sempre disso: na maior parte das vezes, o sujeito nem imagina o que vai acontecer. Tire proveito disso e faça parecer que tudo esteja acontecendo da maneira como você programou.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

O erro da Psicofarmacologia

O erro da Psicofarmacologia

Inicio este artigo argumentando e advogando que a realidade é que somos uma totalidade, sem separação entre o psíquico e o físico, e todo o tipo de sofrimento certamente levará a um desequilíbrio desta unidade. 

Portanto, mente e corpo, são de fato uma única realidade, e isso já vem sendo dito desde os remotos tempos do filósofo Sócrates, o que se deixa uma questão a pensar: “em que momento a humanidade desacreditou disto?”. Talvez neste ponto resida o grande erro da medicina moderna com seu arsenal cada vez mais potente de psicofármacos.

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A quantidade de remédios existentes para atenuar o sofrimento do paciente nas mais diferentes manifestações é incontável. Ocorre que, desde a fadiga, agitação, insônia, anorexia, perda de peso, desconcentração, diminuição de interesse de si próprio, para tudo, enfim, há uma cápsula “mágica” que tem o poder de trazer o paciente de volta ao estado de “felicidade”. Nesse rumo, cristalina que as razões do sofrimento que o indivíduo pode estar vivendo, a falta de sentido da vida, o atrofiamento das condições vitais, tudo inexiste diante da “magia” da cápsula. 

O fato verdadeiro talvez seja o de que vivemos uma realidade onde cada vez mais os médicos e os psicólogos não têm tempo de ouvir os enredos e dramas de vida de tantos pacientes. A esse propósito, basta ver o cenário: o remédio desempenha um papel bastante prático, pois independentemente do que esse paciente possa estar vivendo e sofrendo em termos existenciais, a cápsula “mágica” irá trazer a ele novamente a “felicidade”, inclusive questionar conceitualmente o significado dessa “felicidade” trazida pelos psicofármacos não se faz necessário, havendo apenas a necessidade de intervenção medicamentosa e de sua “eficácia”. 

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Vale esclarecer que até mesmo os possíveis efeitos colaterais são desconsiderados nessas análises, existindo lugar apenas para a reflexão dos efeitos e da “eficácia” medicamentosa. Tudo o mais passa a ser meros sonhos de um punhado de idealistas que ainda se atrevem a questionar e até mesmo publicar trabalhos que evoquem a necessidade do resgate da dignidade humana na compreensão dos distúrbios emocionais. De fato, os interesses de multinacionais farmacêuticas ceifam a tudo e a todos no seu afã de lucratividade, não permitindo divagações que tentem impedir o avanço desse nível de atuação. Vale lembrar que essa avalanche medicamentosa é algo de uma alienação imensurável, para dizer o mínimo. 

E o que é mais grave é que a base de sustentação dessa prática humilhante, empreitada pelas multinacionais farmacêuticas, é a prescrição médica, doutrinada para receitar aquilo que os laboratórios farmacêuticos impõem e determinam. 

Por fim, os médicos, em realidade, com seus pacientes é medicá-los sem dar ouvidos às suas queixas e dramas existenciais, ou seja, agem com os ditames soberanos da medicação. 

Termino solicitando ao leitor pesquisar, ler e estudar sobre os efeitos placebo e os efeitos da hipnose na mente e no corpo humano. SEM MAIS.


quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Transtorno Borderline e a HIPNOSE



Transtorno Borderline e a HIPNOTERAPIA



O Transtorno de Personalidade Borderline se caracteriza por um modelo ou padrão invasivo da autoimagem, sobre seus afetos, bem como nas relações com as pessoas. Nesse raciocínio, o individuo tem comportamento impulsivo e por vezes explosivos em suas diferentes atividades e decisões, tanto envolvendo a si mesmo como outrem. O modelo ou padrão invasivo do borderline, transita de um contexto para outro. Por diversas vezes extremos e antagônicos, como por exemplo, em momentos comportar-se como uma "santa", por outros como uma prostituta. Por vezes um profissional exemplar, por outros alguém que tira proveito próprio de forma ilícita.



Crucial esclarecer que o indivíduo com o transtorno procura de todas as formas evitar um abandono, seja ele real ou imaginário. A simples ideia de serem rejeitados podem levar a uma alteração profunda na autoimagem, comportamento e afeto. Isso ocorre, muitas vezes, mesmo frente a uma separação positiva, como receber alta da terapia ou receber uma promoção e ter que ir para outro setor, pode levá-lo ao desespero, pânico e mesmo raiva. Tais acontecimentos levá-los à fantasia de serem "maus", o que poderá eliciar comportamentos impulsivos de automutilação e mesmo o suicídio. www.leandromotta.psc.br



Um bom exemplo para demonstrar a singular característica do indivíduo com o transtorno de personalidade borderline, é quando normalmente este cobra muito de seus pares afetivos. Mesmo nos primeiros encontros já exige que o outro compartilhe suas intimidades e passe a maior parte do tempo em sua companhia. Primeiramente idealiza o parceiro, o que facilmente o levará a uma frustração. Com isso vem à desvalorização do outro, por achar que este não se importa o suficiente. Por serem impulsivos, em momentos agem contra si mesmos, fazem gastos exagerados, dirigem de forma imprudente, pedem demissão do trabalho, comem e bebem em excesso ou engajam-se em sexo inseguro. www.hipnose-psicanalise.com.br



O tratamento com a hipnose pode ser feito dependendo do caso, em parceria com o psiquiatra. Isso pelo fato de em muitos pacientes aparecerem sintomas psicóticos, como alucinações e distorção de imagem corporal. O remédio ajudaria no restabelecimento do equilíbrio, para que a hipnoterapia possa ter resultados mais eficazes. É de toda sorte e importante trazer ao paciente, a consciência do que se passa em seus comportamentos, aos poucos procurando a percepção do que é real e do que é fantasia. Trabalhar sentimentos como os de vazio, de abandono, tédio e raiva, comuns nesses pacientes. Para desta feita, este possa ter mais conhecimento e controle sobre si mesmo.






Transtorno Bipolar e a HIPNOSE

Transtorno Bipolar e a Hipnoterapia

O Transtorno Bipolar poderá ser diagnosticado, quando observado ou quando houver pelo menos dois ou mais episódios de mania, onde eventualmente pode ser acompanhada com momentos depressivos ou não. Vale salientar que, a mania são períodos de euforia, que ocasionam uma alteração no comportamento. Normalmente uma defesa, para fugir de algo que o indivíduo não consegue lidar, e que lhe causa angustia. www.leandromotta.psc.br

Nesse rumo, é importante esclarecer que é bipolar pelo fato de ter dois pólos extremos, sendo certo que em momentos o paciente está eufórico, nostálgico, como por exemplo, criar várias expectativas quanto ao futuro e, acredita veementemente que ficará rico, que será uma figura pública importante e que conseguira tudo o que quiser facilmente e, de repente, em outro momento, o indivíduo percebe que isso na realidade não existe, é ilusão. Então, entra na depressão, quando tudo passará a ser péssimo, não tem esperança alguma, perde o interesse pelas coisas corriqueiras, se acha ignorante e incapaz, perde o gosto e o desejo pela vida, não cria mais expectativa  de si ou do mundo.

Oportuno se torna dizer, que o intervalo entre um pólo e outro pode ser de um dia, uma semana ou um ano. Todavia, poderá passar vários anos sem apresentar nenhum dos dois episódios, mania ou depressão. Igualmente e não necessariamente precisará ter uma alternância entre um e outro. A pessoa pode ter vários episódios de depressão e um de mania, assim como o contrário.

O tratamento com hipnose oferece bons resultados, e frequentemente deve ser feito em conjunto com a farmacologia. Os medicamentos receitados geralmente são à base de lítio, assim como outros medicamentos dependendo de cada caso específico. Na hipnoterapia, busca-se um controle maior e um suporte ao paciente. A cura é um vislumbre à médio e longo prazo. Porém, é possível trazer ao paciente a possibilidade de viver sua vida de forma melhor e com saúde mental. www.hipnose-psicanalise.com.br


segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Tensão Pré-Menstrual e a HIPNOSE

Tensão Pré-Menstrual e a  HIPNOSE            
     
A Tensão Pré-menstrual (TPM), se trata de um transtorno, sendo que ocorre no período em que antecede a ovulação da mulher. Também se caracteriza por grande ansiedade, fortes dores musculares, muita dor de cabeça, inchaço, depressão, hostilidade. As mulheres se tornam muito agressivas nesse período  com frequentes instabilidade afetiva, choro fácil, fadiga, ganho de peso, certo desinteresse pelas atividades cotidianas, insônia, alteração no apetite. Entre inúmeros outros sintomas que varia para cada indivíduo. Estes são causados por uma alteração hormonal, aliado ao metabolismo próprio de cada mulher, hábitos alimentares, stress e estilo de vida. www.hipnose-psicanalise.com.br

Nesse raciocínio, podemos argumentar facilmente que a TPM é considerada uma doença e por assim ser, é psicossomática, ou seja, o pensamento ou a psique provocando impactos no corpo, ao mesmo tempo em que o corpo também impacta no emocional. Contudo,  sendo uma doença que pode se iniciar na fase da adolescência e se estender até a fase adulta. Muitas vezes, por apresentar os sintomas típicos, as mulheres não são compreendidas e até mesmo ridicularizadas, sendo motivo de comentários impróprios.

A tensão pré-menstrual se apresenta de diferentes formas, ora com intensa ansiedade, ora com consequências desta, em outros momentos uma compulsão alimentar descontrolada, principalmente por doces e seus derivados. Vale destacar que também pode apresentar a depressão; inchaço e dor nos seios, além de dores musculares nas pernas. www.leandromotta.psc.br

No tratamento com a hipnose, é importante salientar, que devemos trazer o histórico da paciente para saber quando começou, o ambiente que aconteceu e o que está mantendo os sintomas. Desta feita, a técnica que poderá ser utilizada inicialmente é o relaxamento, principalmente com pacientes ansiosas, tensas ou estressadas. Portanto, além das técnicas de hipnose para transformar conceitos e crenças internas, que estão causando o impacto da doença. Trabalhar a mudança do estilo de vida e a forma com que lida com as diferentes situações no dia-a-dia. Objetiva buscar um equilíbrio e um autoconhecimento que lhe darão a possibilidade de viver melhor.




segunda-feira, 28 de julho de 2014

HIPNOSE é O Recurso Cognitivo Central Organizador (RCCO)

Após uma década de estudos e prática em Hipnose Clínica chego a seguinte conclusão. Que, ao ainda considerar a Hipnose como uma técnica continuamos a alimentar, mesmo que de forma indireta, crenças negativas sobre a Hipnose. Pois, ao se pensar assim associamos inconscientemente, a capacidade de entrar no "estado hipnótico" ao poder ou sabedoria diferenciada do hipnotizador. A ideia aqui é realmente quebrar paradigmas. Minha experiencia prática e teórica, me leva a pensar a Hipnose não como uma técnica ou recurso auxiliar, assim como considerado pelo Conselho Federal de Psicologia, nem somente um estado natural. www.hipnose-psicanalise.com.br
 
Mas, como "O Recurso Cognitivo Central Organizador" de todas as outras funções cognitivas. Solovey e Milechnin, ao considerar a hipnose como um estado emocional intensificado, nos fornece fundamento para tal linha de pensamento. Quando se fala de duas faces do que seria o "estado hipnótico", o estado alterador e o estado estabilizador podemos começar a entender melhor como o que chamamos de HIPNOSE pode ser considerada O Recurso Cognitivo Central Organizador (RCCO). Quando em contato com determinado estímulo, seja; visual, auditivo, gustativo, cinestésico ou proprioceptivo interpretamos essas informações de acordo com nossa bagagem, nossas crenças. Então, iniciamos um determinado comportamento motivados por uma emoção, que, pode ser positiva ou negativa, gerando comportamentos funcionais ou desadaptativos respectivamente. Isso ocorre diariamente, quando assistimos um filme ou lemos um livro e nos emocionamos, quando sentimos o cheiro de um perfume e lembramos de alguém com saudades ou com raiva, ou quando em uma relação um estimulo semelhante disparam nossos padrões rígidos e disfuncionais de comportamento. Isso é "hipnose"www.leandromotta.psc.br
 
Então, este recurso organizados pode se organizar tanto de forma alteradora como de forma estabilizadora, influenciando nossas demais funções cognitivas, a atenção, concentração, memória e muitos outros recursos e aprendizados.

Pensando assim podem se abrir novos campos de pesquisa para a hipnologia elevando a Hipnose ao patamar de ciência independente assim como a psicologia, a física, a química, a biologia, a matemática, a criminologia...

Rafael Siqueira Macedo





sábado, 14 de junho de 2014

Dentistas usam até hipnose para paciente perder medo do tratamento



Sentir aquele frio na barriga ao ouvir o motorzinho do dentista pode ficar apenas nas lembranças do passado. Técnicas usadas em consultórios odontológicos prometem mais conforto para quem fica nervoso só de pensar em agulhas, sangue e no tal barulhinho incômodo. De acordo com a experiência do profissional e o paciente, as técnicas podem variar desde uma simples conversa até hipnose. www.leandromotta.psc.br




A ortodontista Fernanda Palma diz que a maioria dos que têm medo passou por experiência negativa ou ouviu falar de alguém que sofreu na cadeira do dentista. Em muitos desses casos, uma boa conversa alivia a tensão. "Você explica o que vai fazer e o paciente ganha confiança. Muitos falam que achavam que o tratamento seria muito pior." Em outros, em que a conversa não é suficiente, profissionais recorrem a técnicas como a máscara com óxido nitroso, conhecido como gás do riso.

Segundo o dentista Marcelo Kignel, da Clínica Kignel, a técnica - usada pela primeira vez em 1844, durante uma extração - pode ser aplicada em qualquer procedimento e por 99% das pessoas. Só não é recomendada para quem tem problemas respiratórios graves. "Em cinco minutos, o paciente tem uma sensação de conforto. Sente tudo um pouco anestesiado, tem vontade de relaxar e escuta a voz mais longe, mas fica consciente." Quem passa pelo procedimento pode voltar imediatamente às atividades, pois o efeito do gás, que é administrado por meio de um nariz de borracha, passa rapidamente.

Outra técnica usada na Clínica Kignel é a sedação com anestésico intravenoso, por meio de soro. O procedimento é feito por médico anestesista, em casos de várias extrações e implantes, por exemplo. "O paciente cochila e às vezes acorda com frio ou com vontade de ir ao banheiro", explica Kignel. Após o tratamento, basta acordar e ir para casa. As restrições, segundo o dentista, são avaliadas pelo médico, que conversa antes com o paciente, verifica se o procedimento é viável e se são necessários exames. www.leandromotta.psc.br

Especiais

A hipnose também pode ajudar a encarar o motorzinho. Especialista em cirurgia bucomaxilofacial e em pacientes com necessidades especiais, o dentista Claudio Gargione aplica a técnica há mais de 20 anos. Segundo ele, em um minuto, a pessoa chega ao estado hipnótico e fica o mais alerta possível. "Programamos o cérebro para aquele tipo de atendimento sem dor. Conseguimos controlar o sangramento e dispensamos anestesia." Paciente de Gargione há mais de três anos, a professora de educação física Mônica Bitti, de 32 anos, tem muito medo de anestesia. "Antes me sentia mal quando ia ao dentista. Com a hipnose, não tenho mais medo." (fonte site da UOL)






quinta-feira, 5 de junho de 2014

BALÃO GÁSTRICO IMAGINÁRIO

BALÃO GÁSTRICO IMAGINÁRIO


Partindo da premissa de que cérebro não distingue o real do imaginário, ele é atemporal e trabalha a todo instante para produzir o que ele visualiza, sendo assim, com a hipnose utilizando as técnicas psíquicas da hipnoterapia, auxilia o cliente paciente a conduzir sua mudança comportamental alimentar em algumas sessões, condicionando-o a adotar atitudes capazes de mudar hábitos antigos e cristalizar os novos. www.leandromotta.psc.br

Essa mudança de pensamento é fundamental para a perda de peso. Emagrecer é mudar o relacionamento com a comida. O que nos faz comer não é o nosso estomago, e sim a nossa cabeça. Modificando nossa mente, trabalhando as razões que estão atrás do excesso de peso, você irá emagrecer e se manter magra. www.leandromotta.psc.br

Portanto, após algumas sessões buscando a mudança alimentar se faz necessário utilizar a técnica imaginária de visualização mental do cérebro para a introdução do balão gástrico imaginário, vale esclarecer que durante o transe hipnótico a potencialização de imagens faz com que o cliente paciente, sinta, acredite, visualize e ouça tudo que diz a ele, criando a sensação e ambiente propício para à eficácia da técnica, que consiste em implantar no estômago do paciente um Balão Imaginário que irá preencher um determinado espaço, dando a sensação de sacies, de estômago satisfeito, diminuindo a quantidade de alimentos em suas refeições. Assim, a pessoa reduz o seu peso de forma gradual e segura. www.leandromotta.psc.br

O Balão Imaginário é um método que foi desenvolvido em 2010, baseado no sucesso do procedimento com a britânica Marion Corns que eliminou 25 kg com hipnose no sul da Espanha, na clinica Elite.

Depois de muitos estudos, testes em grupos e individuais, criou-se o procedimento – Balão Imaginário, com o objetivo de auxiliar pessoas a eliminarem peso e manterem-se magras.

Por que a hipnose funciona? Uma das hipóteses mais aceitas é a de que, durante o transe, o sistema límbico, região do sistema nervoso responsável pelas imagens e emoções, deixa de enviar informações para o córtex, região do cérebro que cuida da consciência e do raciocínio. Assim, nosso lado consciente fica sem reservas - e, por isso, totalmente vulnerável às sugestões do hipnotizador. O cérebro passa a focar uma coisa e se desliga do resto, como acontece quando você lê um livro, assiste a um filme ou ouve uma música.

Transformada em show circense, a hipnose ganhou má fama e perdeu credibilidade. Hoje, é reconhecida como um recurso terapêutico importante por instituições de renome, como o Hospital A. C. Camargo, especializado na luta contra o câncer, para aliviar os efeitos colaterais da quimioterapia, e no Hospital das Clínicas, ambos em São Paulo, no tratamento de dores crônicas.

Sumariando, alimentar-se para viver melhor e com qualidade, conquistar com segurança o seu peso ideal, trabalhar a sua mente para uma alimentação equilibrada e saudável, são objetivos atingíveis que trarão de volta a sua autoestima e bem estar consigo mesma. Nesse rumo, pretendemos alcançar um peso magro, para isso precisamos nos comportar como magros. Mais do que isso: precisamos aprender a lidar com as nossas emoções e sentimentos, e reeducar nossa mente.




quarta-feira, 9 de abril de 2014

Hipnoanálise e Psicanálise

Hipnoanálise e Psicanálise 

O termo usado por Hadfield em 1920, para denominar uma combinação de catarse hipnótica e de sugestões re-educativas, que utiliza hipnose para ajudar a vencer as resistências do paciente, e aceitar a assimilar as experiências relembradas. 

A Hipnose facilita a "livre-associação", ajudando enormemente o trabalho analítico em relação às fantasias inconscientes. Não faz sentido supor que a psicoterapia no estado de vigília, que se dirige à cerebração consciente, seja mais eficaz que a Hipnoanálise, que se dirige diretamente ao subconsciente e inconsciente, onde reside a causa do mal. 

Pode-se dizer que a dependência do analisado em relação ao analista (psicanalista) é ainda mais forte, muitas vezes chega a ponto de fazer o paciente aceitar passar anos no divã. www.hipnose-psicanalise.com.br

Segundo Freud e outros psicólogos , “quando um fato inconsciente passa para o consciente, começa a deixar de ser um problema. A consciência se encarrega de reestruturá-lo e pô-lo no lugar que lhe cabe, de tal modo que deixará de ser patológico”. A hipnoanálise aproveita os efeitos mentais do transe hipnótico para trazer de novo à consciência antigos conflitos e lembranças. Portanto, em verdade, a hipnoanálise é, na realidade, muito parecida com a psicanálise. A técnica é similar em muitos aspectos, mas a vantagem da primeira é que é muito mais rápida, visto que acessa mais cedo níveis mais profundos da mente. 

A semelhança entre ambas as técnicas não deve surpreender, haja vista que Sigmund Freud, pai da psicanálise, bebeu da hipnose antes de elaborar sua teoria, este agradeceu por toda sua vida à hipnose por tudo que seu sistema psicanalítico herdou dela. Deste modo, o paralelismo é lógico. Oportuno se torna dizer que, por conta de sua complexidade, essa técnica é para profissionais graduados em conhecimento em psicoterapia clínica. Em suma, a hipnoanálise é uma regressão de memória, feita em transe leve, sugestionando que o indivíduo aponte ou fale de seus traumas.www.leandromotta.psc.br



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quinta-feira, 3 de abril de 2014

Freud e a cura pela hipnose



Por José Henrique P. Silva

In: FREUD, Sigmund. Obras Psicológicas Completas: edição standard brasileira. Volume I – Publicações Pré-Psicanalíticas e Esboços Inéditos (1886-1899), pág. 155-170.
Este artigo veio à luz quase exatamente na mesma época da “Comunicação Preliminar” de Breuer e Freud, e serve como uma ligação entre seus escritos sobre hipnotismo e aqueles que abordam a histeria, assunto pelo qual Freud começava a se interessar. www.leandromotta.psc.br

Neste artigo Freud traz a público um caso isolado de cura pela sugestão hipnótica onde foi possível individualizar o mecanismo psíquico básico do distúrbio. Tratava-se de uma mãe que era incapaz de amamentar seu bebê recém-nascido. www.hipnose-psicanalise.com.br

A jovem senhora tinha entre 20 e 30 anos e Freud a conhecia desde a infância. Sua tranqüilidade dificultava que alguém a considerasse neurótica, daí Freud classificá-la como uma histérique d’occasion. Vamos ao caso.

Antes, uma observação. O irmão sofreu de uma neurastenia típica do início da idade adulta que arruinou sua carreira. Ele enfrentara, na puberdade, dificuldades sexuais próprias da idade; segue-se uma sobrecarga de trabalho, como estudante; e sofre um ataque de gonorréia e constipação. Esta, com o tempo, é substituída por uma pressão intracraniana, depressão e incapacidade para o trabalho. Torna-se mais ensimesmado até se tornar um tormento para a família. Fica aberta, então, a possibilidade de haver uma disposição hereditária para a neurose.

A paciente estava se preparando para a amamentação de seu primeiro filho mas, houve pouca produção de leite e surgiam dores quando da amamentação. Logo vieram a perda de apetite e a insônia. Após 15 dias abandonou a tentativa e recorreu a uma ama-de-leite. Após isso, os sintomas desapareceram.

Três anos depois nasceu o segundo bebê, e os esforços da mãe para amamentação eram menos sucedidos ainda. Além de tudo ela passava a vomitar tudo o que comia. Seus médicos, entre os quais Breuer, só lhe pediram mais um esforço: a sugestão hipnótica. Foi aí que Freud foi apresentado profissionalmente à paciente.

Foi feita a hipnose e as sugestões foram no sentido de contestar todos os temores e os sentimentos em que esses temores se baseavam. Durante cerca de doze horas os problemas desapareceram. Na segunda hipnose houve mais energia e confiança, e foi sugerido que a paciente se zangasse com a família por estar com fome. Ela agiu dessa forma e passou a melhorar significativamente e amamentou a criança por 8 meses. Depois, teve o terceiro filho e o processo se repetiu, com sucesso.
É quando Freud começa a se perguntar: qual teria sido o mecanismo psíquico do distúrbio da paciente que foi removido pela sugestão?

Existem determinadas ideias que têm um afeto de expectativa que lhes está vinculado. São de dois tipos: ideias de eu fazer isto ou aquilo – o que denominamos intenções – e ideias de isto ou aquilo me acontecer – são as expectativas propriamente ditas. O afeto vinculado a tais ideias depende de dois fatores: primeiro, o grau de importância que o resultado tem para mim; segundo, o grau de incerteza inerente à expectativa desse resultado. A incerteza subjetiva, a contra-expectativa, é em si representada por um conjunto de ideias ao qual darei o nome de “ideias antitéticas aflitivas” (p. 163).

No caso de uma intenção, essas ideias antitéticas se passam assim: “não vou conseguir executar minha intenção, porque isto ou aquilo é demasiado difícil para mim, e eu sou incapaz de fazê-lo; sei, também, que algumas outras pessoas igualmente fracassaram em situação semelhante”.
O outro caso, o da expectativa: a contra-expectativa consiste em enumerar todas as coisas que talvez possam me acontecer, diferentes das que eu desejo. Mas, voltando às intenções, como é que uma pessoa, com vida ideativa sadia, lida com ideias antitéticas que se opõem a uma intenção? Com a autoconfiança da saúde, ela as reprime e inibe, e na medida do possível, as exclui de suas associações de pensamentos. E quando há uma neurose presente?

Temos de supor a presença primária de uma tendência à depressão e à diminuição da autoconfiança, tal como as encontramos muito desenvolvidas e individualizadas na melancolia. Nas neuroses, pois, uma grande atenção é dedicada [pelo paciente] às ideias antitéticas que se opõem às intenções (p. 163).

Quando essa intensificação das ideias antitéticas se relaciona com as “expectativas”, então, o feito se manifesta num quadro mental difusamente pessimista. Quando a relação é com as “intenções”, ela origina as perturbações que se agrupam no que se conhece como folie de doute, marcada pela descrença na capacidade pessoal. Nesse ponto, as duas principais neuroses se comportam de modo distinto: na neurastenia,

a ideia antitética, patologicamente intensificada, combina-se com a ideia volitiva num único ato da consciência; ela exerce uma subtração na ideia volitiva e causa a fraqueza da vontade (p. 164).

Na histeria, o processo difere do anterior,

[em primeiro lugar] em consonância com a tendência à dissociação da consciência na histeria, a ideia antitética conflitiva, que parece estar inibida, é afastada da associação com a intenção e continua a existir como ideia desconectada, muitas vezes inconscientemente para o próprio paciente. [Em segundo lugar] é extremamente característica da histeria que, quando chega o momento de se pôr em execução a intenção, a ideia antitética inibida consegue atualizar-se através da inervação do corpo, com a mesma facilidade com que o faz, em circunstâncias normais, uma ideia volitiva. A ideia antitética se estabelece, por assim dizer, como uma “contravontade”, ao passo que o paciente, surpreso, apercebe-se de que tem uma vontade que é resoluta, porém impotente. Talvez, conforme já disse, estes dois fatores, no fundo, sejam um só: pode ser que a ideia antitética apenas seja capaz de se impor porque não inibe a sua combinação com a intenção, da forma como a intenção é inibida por ela (p. 164). 

Ora, segundo Freud, se a mãe fosse neurastênica sua conduta seria a de sentir um temor consciente da tarefa que lhe competia, teria se preocupado com os vários acidentes e perigos, e teria amamentado sem dificuldades, ou então (se a ideia antitética dominasse), teria abandonado seu encargo por se sentir receosa. Se fosse histérica seria o contrário.

Pode não estar consciente do seu receio, estar bastante decidida a levar a cabo sua intenção e passar a executá-la sem hesitação. Aí, porém, comporta-se como se fosse sua vontade não amamentar a criança em absoluto. Ademais, essa vontade desperta nela todos os sintomas subjetivos que uma simuladora apresentaria como desculpa para não amamentar seu filho; perda do apetite, aversão à comida, dores quando a criança é posta a mamar. E, como a contravontade exerce sobre o corpo um controle maior do que a simulação consciente, também produz no aparelho digestivo uma série de sinais objetivos que a simulação seria incapaz de engendrar. Aqui, em contraste com a fraqueza da vontade mostrada na neurastenia, temos uma perversão da vontade (p. 165).

Assim, Freud classifica sua paciente como uma hystérique d’occasion. Ou seja, ela era capaz de produzir uma série de sintomas como um mecanismo característico da histeria. A causa fortuita era o estado de excitação da paciente antes do primeiro parto ou a sua exaustão após o mesmo.
Freud ainda menciona outro caso, também de uma paciente histérica que apresentava um “ruído particular”, um tique, que sempre se intrometia em suas conversas, um estalo da língua, que se apresentava a muito tempo. Recordou, sob hipnose, que iniciou quando sua filha mais nova esteve muito doente, com convulsões.

Quando, certa vez, ela adormeceu, a paciente sentou à beira da cama e pensou que teria que ficar absolutamente quieta para não acordá-la, depois de tantos espasmos e convulsões. Foi quando ocorreu o primeiro estalo. Dias depois, quando de uma tempestade, um raio atingiu uma árvore e o cocheiro teve que parar os cavalos abruptamente. Ela pensou novamente que teria que ficar quieta para não assustar ainda mais os cavalos. Outro estalo veio, e não pararam mais. Assim,

a mãe, exausta com suas angústias e dúvidas acerca de suas tarefas de cuidar da criança enferma, tomou a decisão de não deixar que sequer um som saísse de seus lábios, com receio de perturbar o sono da filhinha, o qual tinha custado tanto a vir. Mas, no seu estado de exaustão, mostrou-se mais forte a concomitante ideia antitética de que ela, não obstante, pudesse fazer um ruído; e essa ideia teve acesso à inervação da língua, que sua decisão de manter-se em silêncio talvez pudesse ter-se esquecido de inibir, irrompeu no fechamento dos lábios e produziu um ruído que daí em diante permaneceu fixado (p. 167).

Mas, como sucede a ideia antitética adquirir a supremacia em consequência da exaustão geral? Freud diz que a exaustão é apenas parcial, pois o que está exausto são os elementos do sistema nervoso que formam o fundamento material das ideias associadas com a consciência primária; as ideias que estão excluídas dessa cadeia associativa (do ego normal), as ideias inibidas e suprimidas, não estão exaustas, e predominam no momento da disposição para a histeria. Assim,

se atentarmos cuidadosamente para o fato de que são as ideias antitéticas aflitivas (inibidas e rechaçadas pela consciência normal) que se impõem num primeiro plano, no momento para a disposição para a histeria, e têm acesso à inervação somática, então teremos a solução para compreender também a peculiaridade dos delírios dos ataques histéricos (…). São os grupos de ideias recalcadas – laboriosamente recalcadas – que entram em ação nesses casos, pela operação de uma espécie de contravontade, quando a pessoa cai vítima da exaustão histérica (p. 168).
Essa emergência de uma contravontade é predominantemente responsável pela característica demoníaca tão frequentemente mostrada pela histeria – isto é, a característica de os pacientes serem incapazes de fazer alguma coisa precisamente quando e onde mais ardentemente desejam fazê-la; de fazerem justamente o oposto daquilo que lhes foi solicitado; e de serem obrigados a cobrir de maus-tratos e suspeitas tudo o que mais valorizam. A perversidade de caráter que os histéricos mostram, sua ânsia de fazerem a coisa errada, de parecerem doentes quando mais necessitam estar bem (…) esses pacientes se tornam vítimas desamparadas de suas ideias antitéticas (p. 168-9).
Mas, Freud se questiona, o que acontece às intenções inibidas em relação à vida ideativa normal?
Poderíamos ser tentados a responder que elas simplesmente não existem. O estudo da histeria mostra que, não obstante, elas realmente existem, ou seja, que é mantida a modificação física a elas correspondente e que elas são armazenadas e levam a vida insuspeitada numa espécie de reino das sombras , até emergirem como maus espíritos e assumirem o controle do corpo, que, geralmente, está sob as ordens da predominante consciência do ego (p. 169).